20 Aug
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Na passada segunda-feira dia 19/08/2024, a Bielorrússia reforçou sua presença militar na fronteira com a Ucrânia, mobilizando aeronaves, tropas e equipamentos de defesa aérea, apenas um dia após o Presidente Alexander Lukashenko ter declarado que quase um terço das Forças Armadas do país seria posicionado na região. 

O major-general Andrey Lukyanovich, comandante das Forças de Defesa Aérea da Bielorrússia, afirmou em rede nacional que além de caças e militares, foram deslocados mísseis antiaéreos e soldados técnicos de rádio, em uma ação que ele descreveu como um significativo aumento no uso de recursos. 

O anúncio de Lukashenko no domingo sobre a mobilização de tropas, sem especificar números, segue-se a relatos de uma concentração militar ucraniana na fronteira, informação que permanece não verificada de forma independente. Atualmente, o exército bielorrusso conta com cerca de 60.000 soldados. 

A Ucrânia, por sua vez, ainda não confirmou a movimentação das forças bielorrussas para a fronteira comum de 1.084 quilômetros. A Rússia, que tem usado o território bielorrusso como base para operações militares contra a Ucrânia desde o início da invasão em 2022, transferiu armas nucleares táticas para a Bielorrússia em 2023. 

Lukashenko, ao pedir negociações entre Moscovo e Kiev, culpou uma incursão ucraniana na região russa de Kursk por inviabilizar o diálogo, considerando-a uma provocação contra Moscovo. 

Desde o início da guerra, a Ucrânia, independente desde 1991, tem enfrentado ataques em grande escala da Rússia, que justifica sua invasão com a necessidade de proteger minorias pró-russas e “desnazificar” o país. O conflito, que já dura mais de dois anos, tem sido marcado por um elevado número de baixas de ambos os lados e por ataques aéreos contínuos. 

Enquanto isso, as Forças Armadas ucranianas enfrentam dificuldades com a falta de soldados e suprimentos, apesar do apoio prometido por seus aliados ocidentais. 

Nos últimos dias, as forças russas têm avançado na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na região de Kursk. As negociações de paz estão estagnadas desde a primavera de 2022, com Moscovo exigindo que a Ucrânia aceite a perda de parte de seu território.

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