Milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades dos Estados Unidos e da Europa neste sábado para protestar contra as recentes ações do presidente americano, Donald Trump. O movimento, batizado de “Hands Off” ("Tirem as Mãos"), foi organizado por uma ampla coalizão de mais de 150 entidades, incluindo organizações de direitos civis, sindicatos, ONGs ambientais e grupos estudantis.
As manifestações aconteceram simultaneamente em Washington D.C., Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Berlim, Paris e outras capitais europeias. Os organizadores classificam o movimento como uma resposta direta à "escalada autoritária" da administração Trump e às ameaças à democracia, aos direitos civis e à paz mundial.
Em frente ao Capitólio, o congressista Jamie Raskin discursou para uma multidão estimada em 200 mil pessoas:
“Trump não é apenas uma ameaça interna. Suas políticas afetam o planeta inteiro. Nossa resposta precisa ser global.”
Outro destaque foi a participação de Maxwell Frost, o congressista mais jovem do Partido Democrata, que apelou por unidade e resistência:
“O futuro pertence aos que lutam. E nós estamos prontos.”
Entre as principais críticas dos manifestantes estão:
Em Londres, a manifestação ocorreu em frente à embaixada dos Estados Unidos, reunindo cerca de 50 mil pessoas. A ativista climática sueca Greta Thunberg, presente no evento, declarou que "não é possível proteger o planeta com líderes que negam a ciência e promovem o lucro acima da vida humana".
A reação da Casa Branca foi rápida. Em uma publicação nas redes sociais, Trump minimizou os protestos, chamando-os de “falsos movimentos financiados pela esquerda radical” e afirmou que “o povo americano está com ele”.
Apesar da tentativa de deslegitimar as manifestações, o impacto político foi significativo. Analistas indicam que os protestos podem influenciar as próximas eleições legislativas e reacender debates sobre impeachment.
Os organizadores já planejam novos atos nas próximas semanas, inclusive com paralisações setoriais e campanhas digitais. O movimento “Hands Off” promete continuar como uma das maiores frentes de oposição civil aos rumos atuais da política norte-americana e sua influência global.